"BALANÇO FINAL "
"Como todo ser vivo, procurei atingir meu ser e para isso inspirei-me nas experiências nas quais tinha a ilusão de haver chegado a isso. Conhecer era, como em minhas contemplações infantis, oferecer minha consciência ao mundo, arrancá-la do nada do passado, das trevas da ausência; parecia-me realizar a impossível união do em si e do para si, quando me perdia no objecto que olhava, nos momentos de êxtases físicos ou afetivos, no encantamento da lembrança, no pressentimento entusiasta do futuro. (...)"
E assim tu foste e outros também, onde nada de novo ...tudo igual e sempre o mesmo sonho...
"(...) E desejava também materializar-me em livros que seriam como os que amara, coisas existindo para o outro, só que marcadas por uma presença: a minha. Toda a busca do ser está fadada ao fracasso; esse mesmo fracasso, porém, pode ser assumido. Renunciando ao sonho vão de nos tornarmos deus, podemos satisfazer-nos simplesmente em existir. Saber não é possuir e, no entanto, não me canso de aprender. (...)"
Simone de Beauvoir e um pouquinho de mim...