sexta-feira, maio 26, 2006

Poema - Elisa Alves Cruz

"Com as nuvens dos teus beijos ensaiei concertos de flores, arco-íris de ver sol poentes, girassois de corar andorinhas... Com o mar do teu peito, limpei búzios turvos, que sopravam furiosos devaneios aos meus ouvidos! Com o sol dos teus pés, semiei bagos de ternura, grãos de doçura na eira da amora da tua pele... Porque fui no estivo do teu calor desfiada e desfolhada, como no ínicio da Primavera." Esperando que saibas que é para ti... se não souberes pergunta! :)

domingo, maio 21, 2006

Não é por nem para ti...

O meu sorriso não é por ti, nem para ti... A minha alegria não é por ti, nem para ti! As minhas lágrimas não são por ti, nem para ti... A minha tristeza não é por ti, nem para ti! A música que ouço vezes sem conta não é por ti, nem para me lembrar de ti! Nada é por e para ti... Este texto não é para ti... nem por ti! Simplesmente deixei de te oferecer tudo de mim... e agora não tens nada para ti nem por ti!

sábado, maio 20, 2006

Restos

Resta-me o amor neste mundo tão cinzento, talvez com o amor consiga chegar perto para ver o cor-de-rosa... Resta-me o sonhar para esquecer céu tão negro, talvez sonhando possa encontrar o azul celeste! Resta-me o sorriso para enganar a vontade de chorar, talvez com o sorriso possa afastar as lágrimas dos meus olhos! Resta-me o toque para aquecer-me nestes dias tão frios, talvez tocando consiga esquecer a frieza do que me rodeia.. Resta-me tão pouco num mundo tão cheio de tudo... Resto eu e outros tantos, no meio desta confusão... esperando ver o cor-de-rosa e o azul celeste. Restamos uns poucos à procura do sorriso e do toque... tão poucos no meio de tantos. Restamos nós neste mundo de vós...

sexta-feira, maio 19, 2006

E lá fomos quebrando, (Toranja)

" (...)Eras tu a convencer-me que gosto de ti E eu a convencer-te que não é bem assim! Era tu a mostrares-me o teu lado mais puro... E eu a argumentar os meus inevitáveis... Escondias-te do que não se dizia... Juravas a certeza da mentira ... Eu fugia do toque como do cheiro Por saber que era o fim da roupa vestida
Ai esse silencio dos lábios que nos mata…!
E no fim, era eu a ficar por não saber partir… E tu a rezar para que eu desaparecesse… Eras tu a rezar para que eu ficasse
É quase pecado o que se deixa… Quase pecado o que se ignora…
"Quebramos os dois, dos Toranja!"

Morrendo por amor...

Um dia sem te dizer nada... Outro em que estou contigo porque, simplesmente, não me deste alternativa. Uma semana em que faço de conta que estou feliz do teu lado... Outra em que minto, para ir repousar em outros braços! Não te queria mentir... iludir ou ir matando aos pouquinhos! Mas a verdade é demasiado dura para dizer e para assumir... Não consigo mais. Amo-te mas não te amo... Odeio-te sem odiar-te... Sinto a tua falta, sentindo o aborrecimento da tua presença! Cansada de viver num faz de conta, cansada de ver apenas uma imagem do que já foste... Vou embora, sem dizer a verdade sem mentir... desaparecendo aos poucos! Recuso-me ficar e ver-te morrer um pouquinho todos os dias! Serei eu a culpada? Ou será esse sentimento que dizes sentir por mim? Desculpa-me se fui um dia feliz do teu lado e se ja não sei mais continuar a sê-lo! Desculpa-me se não te consigo amar, desculpa-me se não sei ao certo o que sinto... Não esperes por mim... Não te deixes apagar por uma sombra de sentimento que há muito deixou de ter o seu brilho... Desculpa-me ter roubado a tua vida e, agora, não conseguir fazer com que a aceites de volta!

sábado, maio 13, 2006

Porta encostada...

Abriste a porta e não fechaste, sequer encostaste... Apenas saiste, sem dizer quando irias voltar e se irias voltar... Levaste tudo o que precisarias, deixando pedacinhos de ti pelos cantinhos desta casa, que parecia tão pequena e, agora, é grande demais... Apenas um prato na mesa, um garfo, uma faca, um copo... um olhar fixo no teu lugar vazio... uma conversa imaginada... o ritual de arrumar a cozinha! Mais uma vez, apenas um garfo, uma faca, um copo, um prato! Sento-me no sofá, que deixa-me espiar para a nossa porta de entrada... Espreito a ver qual o momento em que rompes o silêncio e devolves o desejo a estas paredes! Mas todos os dias, a porta permanece igual, encostada! Encostada, sem qualquer certeza ou rumor do teu regresso... Agora, terei que a fechar... está frio demais... será que voltarás para ver a porta fechada?

Come and take...

"Come and take my smile... Come and take my tears... Come and take all of my words... Come and take all of my gestures... Come and take all of the love i have... Come and take all of the hate in me... Come and take everything... Come and leave everything of the nothing you took... Come and take me! " imagem pesquisada em : http://solidariedadesocial.blogs.sapo.pt/arquivo/casal%20sensual-thumb.jpg