Abriste a porta e não fechaste, sequer encostaste... Apenas saiste, sem dizer quando irias voltar e se irias voltar...
Levaste tudo o que precisarias, deixando pedacinhos de ti pelos cantinhos desta casa, que parecia tão pequena e, agora, é grande demais...
Apenas um prato na mesa, um garfo, uma faca, um copo... um olhar fixo no teu lugar vazio... uma conversa imaginada... o ritual de arrumar a cozinha! Mais uma vez, apenas um garfo, uma faca, um copo, um prato!
Sento-me no sofá, que deixa-me espiar para a nossa porta de entrada... Espreito a ver qual o momento em que rompes o silêncio e devolves o desejo a estas paredes! Mas todos os dias, a porta permanece igual, encostada! Encostada, sem qualquer certeza ou rumor do teu regresso...
Agora, terei que a fechar... está frio demais... será que voltarás para ver a porta fechada?
sábado, maio 13, 2006
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1 comentário:
gostei da analogia da "porta encostada" como se da porta da tua alma se trata-se...a forma como descreves o acto de ficar sozinha, assombroso...a plasticidade das tuas palavras fazem-me sentir a realidade de um forma mtu lucida...
mtx bjinhux pa minina Resende, so close but so far;)
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